Entorpecência torpe

Nosso encontro nada tinha de divino
Encontro desencontrado, por falha do destino.
E por assim ser, nos comíamos, nos devorávamos...
Veneno latente e buraco...
Consciência do fim já no primeiro abraço
Encontro urgente de olhos cansados e bocas dormentes... entorpecente
o fim que pautou seu começo e definiu os meios da gente...
Consciência inconsciente
não fosse, não nos faria céu brilhante, posto o inferno que somos
quando teimamos de ser dois...
Desafiamos o destino que, escarnecido, por fim nos fez um brinde:
Que amor natural assim fosse!...
a anti-matéria ilógica, o anti-eu, anti-nós,
destrutível, destruidor, destruídos... nós.

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