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Mostrando postagens de outubro, 2013

Carta à hipocrisia

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Quero um dia poder ser mãe de menina, flor fina, autêntica, de sonhos e de guerra, para poder, ao menos nela, desconstruir toda a opressão desse mundo... A ela, os olhos cinzas do sábio bem que dirão... - Estás segura de que queres pisar nesse mundo, flor? Sujo, solitário, prepotente, machista, aniquilador? Há de sofrer, há de chorar, há de morrer, dia a dia. Ao que bem dirá... - Não, meu pai, mas é preciso. E ela virá... No raio de Iansã, sem sonhos de poder, em seu coração, vivo, "rojo". Há de trazer o fogo dos céus e reinventar-se Liberdade. E essa notícia que agora compartilho por essas teclas geladas não passará de uma terra muito distante... memória de um mundo bem mais negro e infértil que o seu. "Fran, Meu celular acabou de apitar avisando uma mensagem nova no Whatsapp. Era um vídeo de 13 segundos em que você aparece fazendo um boquete e perguntando ao câmera: “quer meu c*zinho apertadinho?” – fazendo um sinal de OK. Eu deveria ter achado graça, caído

Maria, por favor

Deixei de ser eu mesma quando, de meus pais, me veio o significante... e a responsabilidade para ser impunemente algo só em minhas metamorfoses com o casulo de meu nome. Quanto ao destino, havia de ser eu, para sempre eu, o significado de um significante... Não fosse Luma e não mais carregasse nos ombros duas... pessoas de meus eternos tios LU-cio e MA-rcos, não mais dividir-me-ia trabalho e boemia, poesia e monografia, letras e economia, amor e razão... Talvez. Quem sabe devesse ser Suma, união, ou Brisa, à mercê do tempo, das contingências do clima e do vento... Ao menos pudesse ser obra inacabada e xará de quem ainda conta as horas e não juntou os pés... quiçá fosse, mais claro, transição. E assim, transcorrer... Por favor. Chame-me Maria, seu leitor! Deixe-me ser...