Maria, por favor


Deixei de ser eu mesma quando, de meus pais, me veio o significante... e a responsabilidade
para ser impunemente algo só em minhas metamorfoses com o casulo de meu nome.
Quanto ao destino, havia de ser eu, para sempre eu, o significado de um significante...
Não fosse Luma e não mais carregasse nos ombros duas... pessoas de meus eternos tios LU-cio e MA-rcos, não mais dividir-me-ia trabalho e boemia, poesia e monografia, letras e economia, amor e razão... Talvez.
Quem sabe devesse ser Suma, união, ou Brisa, à mercê do tempo, das contingências do clima e do vento...
Ao menos pudesse ser obra inacabada e xará de quem ainda conta as horas e não juntou os pés... quiçá fosse, mais claro, transição. E assim, transcorrer...
Por favor. Chame-me Maria, seu leitor!
Deixe-me ser...



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