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Mar de dentro

Um prólogo: Caos, Corrupção, Liquidez, Desatenção. Mal estar na civilização. Aceleração, Frenesi, Angústia, Desatenção, Fragmentação, Ação. Um ser aflito pela liberdade pede trégua. Quer aprisionar-se, ou melhor, conhecer seu cárcere. Tempo. Relógio. Controle. Auto-controle. Subjetivação do caos dominador. Desajuste. ...Trégua. 'Criamos neuroses para não enxergar coisas indecifráveis' (frase aproximada, presente em "Manhattan"). Em um mundo cada vez mais particionado, nosso inconsciente emerge em flashes. A racionalização é difícil quando o que se escreve vem de dentro... Do mar de dentro. Uma psicológica narração: Ela era solidão. Não sabia por que era solidão. Como queria integrar-se ao mundo... (!), mas os laços a amedrontavam.  Aprofundava-se, ia fundo, mas apenas até o limite de encontrar-se a si mesma, não sabia, todavia. Dedicava-se aos amigos com tanto afinco, que lhe doía ter de procurá-los quando precisava. - Porq

Terrena

Esse olhar tão atento Exibe um eu tão perdido, moça Que como gostaria de arrancar-te dessa omissa dor para encontrar-te em minha etérea vaguidão!... Sua dor inconsciente é tão latente E atinge tão profundo meu bem te querer Que, ao analisares, invenção lhe pareces o que sinto... sua triste confusão. Choras sem saber porque, desorientado coração, Que descolar-te quero dessa fecunda materialidade Inundando toda sua ordem e perfeição. Tanto amo, terrena, que desestabilizar-te-ei para que te alcances, Para que te percas e te encontres Um olhar perdido: consciente sofreguidão!...