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Mostrando postagens de setembro, 2016

Ensaio

Domesticaram a minha fera, amaciaram minha voz porque pequena, mas não me avexo não se tenho garras, firmeza na caneta e nas mãos e um certo dom pra desfazer... O silêncio que rasga camada a camada. Olha pra minha carne crua! Vou começar a andar nua... Eu, a maluca indomada, mostro-lhe os dentes. Desconheço maior prova de amor.

Minha escrita

Niterói, 2 de abril de 2016.  Minha escrita Não somos o que queríamos ser, somos o que sempre fomos. É tudo tão simples, mas juntar este quebra cabeças... Tão difícil! Passei a vida invejando a teatralidade de certos amigos: belos personagens. Invejei a música dos passos do meu namorado - ele era a música em si mesmo -, e também o som de uma sereia portuguesa... Por quê eu não nasci também para sereiar? Sensibilidade para isso sempre tive!... E o cinema de Cuba? E a fotografia? Eu vivi errando de caminho pra não aceitar meu destino. É que aterrissar na gente é difícil! Ninguém quer viver do essencial. Todo mundo deseja ser o impossível. Mesmo errando meu caminho e fugindo (como sei bem fazer isto!), a poesia me cobrava nas esquinas e eu escapulia um versinho, um remendo. Escrever era necessidade de juntar meu mundo interno. Nos últimos anos, eu calei completamente a palavra. Reencontrar-se é difícil, porque a gente rabisca e se rasga. Lemb