Disse uma vez Quintana, com sua invejável economia literária, que o que sobrou de todas as andanças de sua vida, havia de ser seu verdadeiro eu. Me aproprio. Eu que não fui Raul e não estive (ainda) nos quatro cantos do mundo, lembro-me bem de um "fantasminha" de mim, que ainda há de residir naquele velho sobrado de Madri... Não foi que mudei, minha amiga. Só criei alguns calos no espírito e outros tantos na pele. Não é que alguns até embelezaram essa fronte, de energia circundante que carrego comigo? Essencializo no justo ponto em que mais me nego, exatamente quando me reinvento em nova geografia, outras brisas, com outras peles... Caem então os condicionamentos, os pré-requisitos de família, aquela roupagem bonita a qual mamãe me franzia, a qual me trazia amor. E por amor, convenhamos, havemos sempre de nos vender um bocado... Confesso-te agora que dei pra sentir saudade daquela movimentada Praça do Sol em pleno inverno de minha alma... Não, não foi tão triste ass