Silêncio


Gasto maior parte do meu tempo no silêncio dos meus ponteiros e raciocínios. No silêncio dos meus amores. No silêncio da minha solidão. A mente não divaga. Já se vê livre...

Não me contemplo quando releio e releio meus antigos escritos, tampouco me conheço. Eu sinto... Um sentimento sem clareza, nem objetivo. Sem alvo, nem origem. Sentimento puro e simples, cujo som é pano de fundo, e o hábito da escrita, teia de desculpas, mera ilusão de que um algo faço nesses momentos, quando me dedico ao nada de dentro...

Nesse stop de vida, há quem diga que a truncadas e importantes conclusões eu chego; outros, que nesse meu olhar perdido, me perco. Mas não é nada disso. É à essência do nada que chego. E é só assim que me encontro. No encontro com o nada que desejo.

Comentários

  1. A essência do nada, ao menos, é a essência de alguma coisa. Seus escrivos são essenciais, por exemplo, porque cativam muita gente, tenho certeza.

    Lindo seu texto-desabafo, Luma!
    Escreva mais, quero ler mais.

    Beijos!

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