Fato consumado. Dei a você o meu corpo amadurecido, meu momento vazio. Seu afeto é desejo não correspondido, meu caro. Agora eu me dou para você consciente em prol da descarga energética. Me ausento daquela falta que cultivo ao longo dos anos... Consumo o ato. - Está claro: a amizade perdeu a liga, o cotidiano. Leve das expectativas desses homens, sobra a mulher... Pois estou cheia de matéria, homem! Trago o cheiro de muitas memórias no dentro. E mais adentro, a ânsia do inodor no corpo - o começo do recriar. Tanto acúmulo de gentes, afetos e histórias são acúmulos, no peito, de penas e chumbo, ao mesmo tempo. O ato fôra então consumado: dorme, o Verbo, ao meu lado. Enquanto vou tirando o chumbo do coração vermelho, vivo a dor da reciclagem. Descortino a festa. Posso, enfim, recomeçar?