...E imersa em uma ausência de anos a fio, em um completo descaminho, chega o dia do reencontro... Despertei com o habitual peso da noite a reclamar pela inércia; escovei os dentes; lavei o rosto; li meu jornal matutino; bebi, sem açúcar, meu café amargo; saí com o cachorro pelo quarteirão e, em 40 minutos, estava pronta. Como quem amarra o cadarço do tênis, estava eu na mesa do Café a esperar... Em um misto de especulação, desconforto e obrigação, blasfemei aquele encontro no horário crítico da manhã. Eu... com tantas coisas a fazer. Por quê não disse, hoje não? Na minha frente surgiu ela. Moderninha de aparência, com novo (ou velho?) look: cabelos curtos, esbelta, com um olhar afável de quem, em vão, deseja reconstituir e restabelecer, em instantes, o vazio de mais de uma década que 5 anos deixaram... Nos abraçamos e eu só pude sentir saudade... Uma saudade consciente de sua perpetuação. Já éramos outras... Como que por obrigação, nos interessamos uma pelo des