Economia, necessidade subjetiva


"Lo que separa el "pensamiento" de un Balzac del de un Flaubert es una variación de escuela; lo que opone sus escrituras es una ruptura social, en el instante mismo en que dos estructuras económicas se imbrican, arrastrando en su articulación cambios decisivos de mentalidad y de conciencia."
(Barthes, en "El grado cero de la escritura")


Há quatro anos atrás, cheia de sonhos nas costas e indecisão, escolhi o curso de economia, sem saber ao certo como chegar, com tanta materialidade, a um mundo essencial. Como dizia a minha gente, por que não o universo das letras, a história, a arte? Mas lá existia obstinação. Uma necessidade subjetiva de firmar-me, focar a visão daquele olhar perdido e solitário que trago comigo. A busca por libertação entre as cadeias de conceitos rasos, fatalistas e utilitários... Rebelião.
Revolução, que casa perfeitamente com as minhas metamorfoses e contradição. Um caminho inconsciente de um ser párea, para sempre párea... Desarticulada, confinada a um corpo no mundo, que se adoece junto com o mundo...
Economia é a raiz de tudo. Não poderia ter dado-me o luxo de estudar arte, cinema, muito menos o universo das letras... Nasci para rasgar-me, rascar-me, dia a dia...
Certifico-me, hoje, de que o materialismo são os meus pés, que me guiam no escuro, clareiam meu escuro. E me enlouquece num eterno desajuste, ao passo que me re-humaniza, restitui-me a totalidade minha que foi perdida... Então economio, literato, artifico, cinefilizo, sobrevivo e, com compreensão, vivo. Economia estudo, porque amo gente, profundamente, profundamente. O homem abstrato, o homem ser-em-si.
Vejo comigo Marx, Brecht e Barthes, os meus ídolos e também os meus pares. Não estou sozinha...
No grau zero da minha escrita e no meu mais caótico pensamento, a economia, a economia... Ainda bem. Ainda bem!









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