(Fonte: www.revistamundoeco.com.br) Um belo dia escolheu a coruja para sua realidade anímica, hipótese que, de começo, rechacei por achar que o signo fôra corrompido pelo nosso vulgar sentido de fidelidade; na verdade o que temia eram suas poderosas asas de rapina, a velar nessas escuras madrugadas, sozinha. Existe sempre algo de Narciso no amor que a gente sente, na proteção que dedicamos através dos braços os quais não temos... que nos torna heróis da gente mesmo... E foi assim, sem sentir, que me instalei no posto de vigília e fui eu mesma a mãe-rapina, a cuidar-te de qualquer precoce voo largo, distante, perigoso, para que nunca portastes os arranhões tais quais os me criaram a vida. Mas foi inútil, pois que criei uma teimosa ave, mais sagaz nos furtos de si e no engenho que eu mesma... Arranquei-me as penas! Do seu mítico nome, hoje, sabedoria eu vejo, o maior dos apelos... E naquele ímpeto, que no homem que desassume um posto é egoísmo e no animal que voa, natural, que