Uma ode à moringa de barro!
Uma ode a moringa de barro!
Que me sedenta propositalmente pra, unicamente,
matar minha sede de vida. Me recria...
Possessiva, não me admite jarros, garrafas ou geladeiras...
Filtros? Do barro, o amor esculpido, talhado, abençoado! Água benzida!
Da minha avó é a moringa,
antiquada quanto a minha vida,
linda quanto o desejo da gente que paraleliza
com essa morte moderna...
Do barro, jaz a primavera...
Sinto gosto de vida já no sentir o peso nos braços
ao portar a moringa, até o gole largo...
Dessa água o que bebo é o desejo tribal de mato
e o toque de infinitas mãos de irmãs femininas... Mãos entregues e artistas
sem sujeito, sem nome... Não obstante,
de finalidade conhecida,
coletiva, una...
Mas de onde vem esse charme moringalês?
Da avó que cheira a luz, alecrim e camomila?
Ou da memória do gosto acre do vinho pisado,
artesanado na moringa?
É esse passado tribal que a gente bebe no presente...
É a unicidade que a gente sente enquanto flutua nesse mundo em partição
na repartição de cada dia...
É o amor sem tábuas, sem fetiches ou custos de oportunidades...
Sei sim o que moringo nessa belantiquada moringa!
É o futuro do pretérito que bebo
nesse cada gole de vida!...
Que me sedenta propositalmente pra, unicamente,
matar minha sede de vida. Me recria...
Possessiva, não me admite jarros, garrafas ou geladeiras...
Filtros? Do barro, o amor esculpido, talhado, abençoado! Água benzida!
Da minha avó é a moringa,
antiquada quanto a minha vida,
linda quanto o desejo da gente que paraleliza
com essa morte moderna...
Do barro, jaz a primavera...
Sinto gosto de vida já no sentir o peso nos braços
ao portar a moringa, até o gole largo...
Dessa água o que bebo é o desejo tribal de mato
e o toque de infinitas mãos de irmãs femininas... Mãos entregues e artistas
sem sujeito, sem nome... Não obstante,
de finalidade conhecida,
coletiva, una...
Mas de onde vem esse charme moringalês?
Da avó que cheira a luz, alecrim e camomila?
Ou da memória do gosto acre do vinho pisado,
artesanado na moringa?
É esse passado tribal que a gente bebe no presente...
É a unicidade que a gente sente enquanto flutua nesse mundo em partição
na repartição de cada dia...
É o amor sem tábuas, sem fetiches ou custos de oportunidades...
Sei sim o que moringo nessa belantiquada moringa!
É o futuro do pretérito que bebo
nesse cada gole de vida!...
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