Ela desatinou

 Você é amor que me lambe a ferida

Meu coração, um tambor

neste amar e desamar apaixonado,

desiludido,

ritmado 

que Água e que séca. 

Faço música se me dedilhas,

feito cuíca alma geme, alma chora 

Mas se me secas, tu me lembras do mundo: quanta água!

Sigo e me recordo daquela velha 

numa mesa de bar que me contesta.

A vida é uma merda, porém bela.

Tua poesia viva em mim

de quem sabe amar até o fim.

A vida é uma festa.

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