restos
odeio-te em meus recantos
odeio-te nesta tarefa incessante de remover detritos
de aspirar teu pó e catar teus cacos.
odeio pisar na tua terra e sentir-me estranha na tua aldeia
odeio tua saída desastrada e desonesta da minha vida
e ter de conviver, todos os dias, com esses restos de afeto.
odeio-te quando revira-me de esquecimentos
e não encontro remédio
odeio-te em meus versos.
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