Oca de promessas

 Rasgou-se o véu

sapos arranha-céus da boca.

Mas não vou cuspir o único verbo

do vazio que engendra a mim mesma. 

Ao léu 

cada gota entornada na sua boca. 

Eu ali imprensada nas pedras... 

Silêncio duro de fel

nos sapatos rasos que calçavam seus pés na minha porta, 

oca de promessas. 


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