Emperolou
Amor,
Se tem algo que levo a sério é a alquimia dor-poesia, mas a dor assim tecida, tua, minha, enredo dissonante que findou.
Através de você, ensinei-me a cruzar mangues obscuros, encarei os olhos pretos, fundos do medo, um dente podre caiu em minhas mãos.
Ei, não ou-viu?
E pensar que prometeu-me tanta água salgada... mas das impurezas ardidas, ocultas, uma pérola se encriou..
Despejos seus, o escuro meu... Frui-dor desgarrou.
Agora vejo as paredes cor de rosas sadias, sem dejetos ou animais peçonhentos.
Sem mais,
Dor.
P.S.:
Milagre do tempo,
Om do Universo,
Gera vida,
Gera Amor.
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