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Mostrando postagens de maio, 2021

A vida é um zás

 Certa feita, escutei uma metáfora interessante em um momento muito difícil da minha vida: somos como os aviões, o piloto e os passageiros e precisamos vez ou outra trocar o motor do avião em pleno vôo. Essa é a reforma íntima. A vida é o vôo.  Mas eu sou gente, e gente como faz?  Eu acho que gente ama.  Quando atravessam tempestades, aeronaves não seguram as mãos umas das outras... Os bichos, na dor, silenciam e reunem-se em manadas, alcateias, clãs. Ser humano é diferente. Comunica-se? Ilude-se em exprimir-se em palavras, mas ouvidos não ouvem. Ser humano: ser-como-os-loucos. De que se alimentam?, como vivem quando lidam com as palavras presas e soltas? Vive-se então no vácuo e as relações são de uma natureza que desconheço e que mesmo assim se reune. Conversam em fusos horários distintos. Eu persigo jornada das 100 razões da vida que não subsiste: é desejo de pássaro em coração de mulher.   Hoje despertei, lavei o rosto, tomei meu café amargo, alimentei o meu cão de remédios e carin

Iroko

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 Não há amor que não cure Passa ferro, brasa, frio, Ausência, presença, vontade Que finda. O último suspiro importa Porque vem da natureza todo fruto que se colhe. Permaneço é na teimosia de semente Que quando finda, Se finda, Cumpre seu destino. Gera novo começo. Caminha. 

Emperolou

 Amor, Se tem algo que levo a sério é a alquimia dor-poesia, mas a dor assim tecida, tua, minha, enredo dissonante que findou. Através de você, ensinei-me a cruzar mangues obscuros, encarei os olhos pretos, fundos do medo, um dente podre caiu em minhas mãos. Ei, não ou-viu?  E pensar que prometeu-me tanta água salgada... mas das impurezas ardidas, ocultas, uma pérola se encriou..  Despejos seus, o escuro meu... Frui-dor desgarrou. Agora vejo as paredes cor de rosas sadias, sem dejetos ou animais peçonhentos. Sem mais,  Dor. P.S.:  Milagre do tempo, Om do Universo,  Gera vida, Gera Amor.