doismilequinze

Hoje revisitando meus caquinhos, aquele perene desamparo pequenino...
Fiquei com uma dó... dó de doer.

Não juntei pedacinhos de vidro, contento-me em te-los partido,
ver o novo nascer.
mas confesso que chorei ao circular velhos fatos, velhos retratos...
A memória do velho há de permanecer.

Aquela inconsciência também era minha, dançando, fluindo, se equilibrando
sozinha, bobinha...
perversa assim sem saber.

Saudade mesmo de cuspir belezas, esculpir-me natureza, nada economizar na língua.

Foi que chegou dois mil e quatorze e rasgou meu verbo,
calou-me a escrita, toda a palavra curtida...
meus sentidos se adormeceram em rivotril, ritalina... Tinha de ser?

Não é fácil rasgar a camisa, o corpo, a alma... A trama da vida.
A saída é de embrutecer.

E a alma, rapaz?
Cansou de ter paz, cansou de poder
Que dois mil e quinze seja.
Pronto, que seja.
Eu cansei de ser.

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