Ontem conheci uma menininha de olhar sonhador, sozinha, que luzia... Não sabia que era sol, iluminava sem saber, se sentindo sem órbita por aí... Tão pequenina e tão senhora, do centralizar e luzir A pequena refletia amor, mas só porque a escuridão era sua casa. Sua dor era só, e quanto mais brilhava mais o seu calor repelia... Sem afeto, de devaneios calados e poder de criação tolhido, por ninguém foi parida, por ninguém foi gerada. Sendo assim, a menina iluminava... E sentia, com o calor de suas entranhas vivas. Artista e artesã, esculpia o mundo em sua brincadeira de criança, nesses piques de papel unia para si o amor do mundo... pondo o máximo de vida naquilo que tocava... Desse jeito vivia sua infinitude de astro, sem horas, nem minutos... Perdida no espaço. Sua vida era o alheio, Abduzida sempre ela estava, a falar de amor, que dava, mas não encontrava nunca encontrava, frágil se desamparava... Essa menina sem tempo, sem enquadramento, sem limite Nunc