Oração
Me sabotei a mim. A esmo vivi. Como um corpo vazio neguei o que me movia: meu eu amigo, o único significante dessa vida; a energia das flores; minha parte no vasto mundo; minha real compreensão oriunda de dentro... Passei a viver dos reflexos de minhas emoções. Me perdoo, mas não posso com domínio restabelecer meus domínios... Preciso mesmo é rezar pra mim. Perdoo meu individualismo, Agora con-vivo com ele. Perdoo minhas crenças, Agora não temo mais o ridículo de tê-las. Não me sentirei menos livre com meu ocultismo, afinal, sou livre para admiti-lo. Coerência não é pra mim... Ser-tão de emoções e maré mansa. Reato com paz os isolamentos que anos de sabotagem fizeram aqui. Não adentro com violência nas estâncias de mim. Me perdi. Já reconheci. Vi que o reencontro não é tão belo e fácil como se ilustra. Frustra... É que meu orgulhoso eu profundo segue em processo de perdoamento pelo desligar sem mais do objeto (perdido) eu. Mas não me ausentarei mais