Então chove
No avarandado do meu coração
descobri do amor coisas incertas.
Ao não-sei-quê de desespero,
acenou o silêncio das borboletas,
porque viver é um instante
enquanto o passado lateja.
Bom mesmo é amar fingido de besta
na superfície da delicadeza,
com a ponta dos dedos,
com a face dos pés.
Doralice lançou agora um grito
Mas João sempre amanhece.
Então chove...
Porque o amor cutuca
o amor (ainda) provoca.
Bom mesmo é esperar na varanda
Enquanto a paixão arrefece.
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