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Mostrando postagens de janeiro, 2023

Rédeas II

Derradeiro momento  para se encontrar um grande amor ferido por outro grande amor. Disse que me ama loucamente porque tem peito de amar assim,  mas disse que dessa vez quer ter as rédeas na mão atravancando caminho então mergulhei bem direitinho coloquei os pés no chão e então vamos seguindo entre trancos e solavancos entre flores e espinhos pedras e negociação. 

Rédeas I

páginas em branco mordem palavras disformes no céu da cabeça músculos se retorcem  desenhando um nó no pescoço Ando com a garganta na penumbra da morte das palavras cruciais. Ali aonde jaz a palavra sobram os feitos e o chicote da língua dos outros. 

Então chove

No avarandado do meu coração descobri do amor coisas incertas. Ao não-sei-quê de desespero, acenou o silêncio das borboletas, porque viver é um instante enquanto o passado lateja. Bom mesmo é amar fingido de besta na superfície da delicadeza, com a ponta dos dedos, com a face dos pés. Doralice lançou agora um grito  Mas João sempre amanhece. Então chove... Porque o amor cutuca o amor (ainda) provoca. Bom mesmo é esperar na varanda Enquanto a paixão arrefece.