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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Miudezas da cidade

Saudade de amar essas coisinhas pequenas... um polaroide, uma ilusão de ótica do papel que percorre para o cavalo andar... Hoje vi que embruteci ao tocar as miudezas da cidade... Os olhos fincados em coisas tão grandes e alheias... Amor que se dá ao outro em pensamento, pensamento que não se pode materializar... Estas coisas que a gente agarra tem mais poesia. Beleza de encantar o olhar... que não vê o tempo que dança, que não vislumbra o outro atirando ao vento contas do nosso afeto, a vagar... Do amor, trago no peito duras arestas enquanto estas miudezas degelam ternura milenar. No meu povoado ainda recebo circos, ouço causos, tenho comigo um grande disco solar; o maná, ilusionismos; maravilhas, miudezas... teu olhar de quarta-feira isento de rastros, ausente de lastros... que não deixem cacos em mim.

Frevo mulher

Bem que se tenta escapar da terra Mas sempre ela, buscando gestação... Quer ser frutos quando é areia Único medo...  Solidão entre homens-inverno, outono, verão... cortante busca de definição para descortinar primaveras... e parir um tempo fluido que não recluse, não recuse o coração. Quem sabe o Tempo  não espalhou sua  cabeleira... Quem sabe os olhos  se restrinjam aos que espelhem  sua natureza... mulher, mulher, mulher... Barriga de vento. Mulher! próxima estação...