Eu não ando só
(Ando com Bethânia, em minha "Carta de Amor") Não meche comigo. Eu não ando só. Em mim, a voz do mundo. O grito, o sussurro, o mal e a cura. Não caio no canto de Ossanha. Talho a minha armadura pra logo logo ser de amar melhor. A fome é tanta... Me conecto. Me camuflo. Disperso palavras. Minha alma é nascente não concatenada, des-identificada, pedra bruta. Toda reticências... Sou rizoma. Raiz, broto, flor, folha, vida e morte. Fruto, natura. Quem já escutou o riso de Oxum e a música de Iansã não voltará ao começo do próprio ciclo, fluirá semeadura nesse tempo, nunquinha nosso. Cinco almas acalentadas, aninhadas de corpo no verde sano do Sana que sana dores. A quintessência, a fina flor de um amor transcendental. A água doce que nasce, dança e morre lago, no mesmo tempo e no mesmo espaço, me ensinou a reciclar os fluidos de mim, a cuidar, curar, velar a energia dos meus amigos e dos amigos ao contrário! Não meche comigo. Eu não ando só. Iemanjá