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Mostrando postagens de maio, 2012

Mar de dentro

Um prólogo: Caos, Corrupção, Liquidez, Desatenção. Mal estar na civilização. Aceleração, Frenesi, Angústia, Desatenção, Fragmentação, Ação. Um ser aflito pela liberdade pede trégua. Quer aprisionar-se, ou melhor, conhecer seu cárcere. Tempo. Relógio. Controle. Auto-controle. Subjetivação do caos dominador. Desajuste. ...Trégua. 'Criamos neuroses para não enxergar coisas indecifráveis' (frase aproximada, presente em "Manhattan"). Em um mundo cada vez mais particionado, nosso inconsciente emerge em flashes. A racionalização é difícil quando o que se escreve vem de dentro... Do mar de dentro. Uma psicológica narração: Ela era solidão. Não sabia por que era solidão. Como queria integrar-se ao mundo... (!), mas os laços a amedrontavam.  Aprofundava-se, ia fundo, mas apenas até o limite de encontrar-se a si mesma, não sabia, todavia. Dedicava-se aos amigos com tanto afinco, que lhe doía ter de procurá-los quando precisava. - Porq

Cada Tempo Em Seu Lugar

Preciso refrear um pouco o meu desejo de ajudar Não vou mudar um mundo louco dando socos para o ar Não posso me esquecer que a pressa É  a inimiga da perfeição Se eu ando o tempo todo a jato, ao menos Aprendi a ser o último a sair do avião Preciso me livrar do ofício de ter que ser sempre bom Bondade pode ser um vício, levar a lugar nenhum Não posso me esquecer que o açoite Também foi usado por Jesus Se eu ando o tempo todo aflito, ao menos Aprendi a dar meu grito e a carregar a minha cruz ... Cada coisa em seu lugar ... A bondade, quando for bom ser bom A justiça, quando for melhor O perdão, Se for preciso perdoar Agora deve estar chegando a hora de ir descansar Um velho sábio na Bahia recomendou: "Devagar" Não posso me esquecer que um dia Houve em que eu nem estava aqui Se eu ando por aí correndo, ao menos Eu vou aprendendo o jeito de não ter mais aonde ir ... Cada tempo em seu lugar ... A velocidade, quando for bom A saudade, quando for m

Muralhas fluidas

Um bloqueio indesejado nada mais é do que resquício do não Não resposta, não paixão, solidão. O querer consciente de amor contrasta-se com um momento embarreirado de nãos, senões, incapacitação involuntária de amor. Daqui de dentro escutam-se esganiços roucos loucos por idealização! Eu guardião... De palavras sozinhas que se nota, pois palavras são espelhos da alma que, de locais inabitados, surgem como canção. Digo de palavras, pois delas notam-se bloqueios, Passageiros, posto que palavras também são libertação. Em processo de cicatrização vejo coisas passarem E aos que me dirigem sentimentos Segue um simples lamento... Vai passar!