Terra de sujeitos, objetos e vozes reflexivas

Da mesma forma que me convenci da utopia socialista, me convenci da utopia democrática brasileira. Democracia brasileira : espaço lúdico geográfico onde espectros de mantenedores da ordem, sempre circulantes, sustentam o que se denomina sociedade. Sociedade: equivalente ao plural de preconceito e moralismo. Sua distração/ocupação principal é gerar e circular irracionais costumes.

Assim como sujeito, Sociedade é um objeto, que não enxerga a existência de preconceitos, que não se atreve a pensar diferente do dogmático, que sobe no pedestal para defender uma ideia arraigada de falsas premissas, por supô-las verdadeiras. Reacionária, reage a tudo que vem na contramão, afinal sua necessidade é sobreviver, sem manutenção.

Em um mundo velho e vivo, idéias precisam ser compradas, legalizadas, quadradas, manipuladas. Onde a democracia é utópica não resta liberdade individual, renega-se todo e qualquer tipo de transformação mental e sentimental, acatando-se, ao natural, desvios de conduta. Se é prazer, necessariamente é sujo, se é amor, necessariamente é demasiado. Se é vida, necessariamente é libertina.

Nesse lugar, não existem rotas de fuga. As asas já foram podadas e a cerca é tão implícita a esta vida, que muito pode ser relevada. Ser podado nem dói. E quem sabe quem é o sujeito que poda? Não há nada de mais reflexivo nessa história...

Comentários

  1. Que lindos todos seus escritos.
    "Ser podado nem dói." Essa sua frase me trouxe mts pensamentos Luma. BJ

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