Se você vier pro que der e vier comigo... saberá que sigo um caminho de flores e espinhos, de dores e amor imenso. Conhecerás as palavras que curam feito medicina e que sabem repousar na tua música, conhecerás minha solidão, amiga de todas as horas, que se acompanha de outras e que regenera. Saberás de meus olhos a beleza da vida e do ar, minha matéria, dos afetos em estado de graça, se você vier pro que der e vier comigo... morrerás sempre um bocadinho, conhecerás minhas renúncias e os seres que me sustentam. Se você souber fazer silêncio, tua música nunca será mais bela. Até aqui somos retas paralelas, Até aqui a força do desejo nos impele, mas não sustenta. Decida-se, amor, se vens ou se ficas, porque minha natureza é a travessia. Do porto de amor e movimentos bem sabemos, mas o norte apita e e, assim como no primeiro dia, ainda te quero. Com este mesmo amor, se não vens, me despeço que o percurso é de aberturas e despedidas.