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Para a pequena família

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              Eis a ponta de minha ancestralidade, tecendo a teia cármica de minha circunscrição.      Ai, essas mulheres... Espelho de meu mais temido inferno e também, de minha oportunidade de purificação.      Muitas vezes, tão difícil é amar e sustentar o coração aberto, mas ando comprometida com esse enlace, que a cada passo, desenlaça nós passados de seculares e densas repetições.      Em minha pequenez esquecida, só marcas inconscientes de negação...      - É que ando, agora, conduzindo este cavalo.      O divino que habita a matéria vem tocando em minha mão, e suportando, e desfolhando caminhos de mato seco e pedregulho. A chegada é Gratidão.      O Amor é sobrehumano.

Pra não reviver você

Solidão calou o peito, fechou a garganta com bolas de amigdalite pra não reviver você. Pra não reviver você estacionei a vida em miragens masculinas arredias, desastrantes, sem eco. Porque calei o silencio, rasguei o verbo de afeto engoli a consciencia arranquei você vejo o mundo difuso só não lhe atravesso.

Temporal

Não sou eu quem me navega Quem me navega é o a-mar, turbulento. Ou me afogo ou te velejo... Se encaro as ondas - fúria do vento, iço velas, carrego remo... ainda não aprendi a nadar. Não sou eu quem me navega Quem me navega é de a-mar.

Repaginação

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Fato consumado. Dei a você o meu corpo amadurecido, meu momento vazio. Seu afeto é desejo não correspondido, meu caro. Agora eu me dou para você consciente em prol da descarga energética. Me ausento daquela falta que cultivo ao longo dos anos... Consumo o ato. - Está claro: a amizade perdeu a liga, o cotidiano. Leve das expectativas desses homens, sobra a mulher... Pois estou cheia de matéria, homem! Trago o cheiro de muitas memórias no dentro. E mais adentro, a ânsia do inodor no corpo - o começo do recriar. Tanto acúmulo de gentes, afetos e histórias são acúmulos, no peito, de penas e chumbo, ao mesmo tempo. O ato fôra então consumado: dorme, o Verbo, ao meu lado. Enquanto vou tirando o chumbo do coração vermelho, vivo a dor da reciclagem. Descortino a festa. Posso, enfim, recomeçar?